Um rastro de sangue de quase 100 metros levou moradores da região do Barro Preto, em São José dos Pinhais, a encontrar o corpo de um rapaz degolado e semi nu, que estava no meio do mato.
O cadáver foi achado por volta das 9h de ontem. O rastro, segundo moradores da região, começava no interior de uma chácara onde, há duas semanas funciona um bailão, na continuação da Rua Eugênio Moro.
A vítima apresentava profundo corte no pescoço e estava sem as calças. Vestia cueca azul marinho, meias cinzas, e tinha a camiseta vermelha e a jaqueta preta erguidas até o rosto.
A proprietária da chácara declarou para a Polícia Militar que o rapaz chegou ao local em uma motocicleta que ainda não foi localizada. “Ela disse que estava no bailão quando aconteceu uma confusão do lado de fora e não viu nada. Porém, há indícios de que ela tenha alterado o local do crime, limpando o sangue que indicava que o crime aconteceu dentro do estabelecimento”, explicou a tenente Janine, do 17.º Batalhão de Polícia Militar.
Ainda de acordo com a declaração da proprietária do bailão, o nome da vítima é Adiel e ele era conhecido por “Guinho”. Ela declarou aos policiais que ele andava armado e teria envolvimento em um homicídio acontecido na Vila Rocco. Moradores da região confirmaram que ele teria se mudado para o Barro Preto há pouco tempo, para se esconder.
Vizinhos do bailão declararam que o som é tão alto durante a madrugada, que não é possível saber o que acontece dentro da chácara. Já a rua é pouco movimentada à noite e não tem iluminação, o que deve ter facilitado a ação dos assassinos.
“Nós percebemos o rastro hoje cedo e fomos seguindo até encontrar o corpo. Parece que eles tentaram jogar o rapaz em um matagal do lado esquerdo, mas como tinha uma cerca de arame farpado, eles decidiram jogar o corpo do outro lado”, conta Alexandre, um dos moradores.
