Decretada prisão de nazistas

Seis neonazistas, ou skinheads acusados de tentativa de homicídio, já estão com a prisão preventiva decretada. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) entregou ontem à Justiça os inquéritos com as acusações de duas tentativas de homicídio, formação de quadrilha e racismo, mas as prisões já haviam sido decretadas na quinta-feira. A expectativa é que eles sejam julgados em, no máximo, quatro meses.

De acordo com o delegado titular do Cope, Marcus Vinícius Michelotto, os acusados Raul Astutte Filho, 20 anos, Anderson Marondes de Souza, 21, Eduardo Toniolo Del Segue, 25, André Lipnharski, 25, Edwiges Francis Barroso, 26, e um rapaz que ainda está sendo procurado, que já tem prisão preventiva decretada, poderão ser condenados à pena máxima (30 anos de prisão). Edwiges está detida na Penitenciária Feminina de Piraquara e os demais, no Centro de Triagem de Piraquara.

Crimes

O grupo será julgado por tentar assassinar, em uma mesma noite, dois homossexuais a facadas. Os crimes aconteceram em setembro deste ano, na região central de Curitiba, cerca de uma semana depois de o mesmo grupo ter espalhado adesivos com mensagens preconceituosas contra negros e homossexuais pela cidade.

Além deles, outros cinco adultos e quatro adolescentes haviam sido detidos pela polícia por participar do grupo que se intitulava Frente Anti-Caos. O destino dos quatro adolescentes apreendidos está sob a responsabilidade da Vara da Infância e da Juventude. Os demais responderão o processo em liberdade. Eles também responderão por racismo e formação de quadrilha.

O crime de racismo está na Constituição Federal, tipificado na Lei 7.716/89, que proíbe a discriminação de raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. A pena pode variar de um a três anos de reclusão e multa. Quando propagada por órgãos de comunicação social, a pena sobe para dois a cinco anos.

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