Decretada “pena de morte”!

Tiago Rosa da Silva, 18 anos, teria sido o segundo de uma lista de pessoas juradas de morte por uma quadrilha de assassinos. A polícia acredita que todos faziam parte de um mesmo grupo e que os integrantes da lista “sabem demais”. Tiago, que contava com ficha criminal, foi executado às 21h15 de domingo, na Rua Pedro Milek, Jardim Apucarana, em Almirante Tamandaré. Uma menina que estava com ele foi agredida pelos assassinos e teve de ser hospitalizada.

Como de costume, em regiões onde a marginalidade tomou conta, ninguém deu pistas dos criminosos para os soldados Rodrigo e Paulo, do 17.º Batalhão da Polícia Militar. “Só nos disseram ter ouvido cerca de oito disparos”, lamentou o soldado Rodrigo.

Nem mesmo a garota E.S.S., 16 anos, que estava junto com Tiago e também foi agredida, quis colaborar com as investigações. Durante o atendimento pelo Siate, ela afirmou não conhecer os assassinos. A garota foi encaminhada ao Hospital Evangélico com escoriações.

Execução

O casal estaria saindo do Centro Recreativo Apucarana quando foi abordado. De acordo com avaliação preliminar do perito Alcebíades, da Polícia Científica, Tiago foi baleado nas duas pernas e na nuca. “Existe a possibilidade de ele ter tentado fugir e ter sido impedido de continuar correndo”, comentou o perito. Com a vítima caída ou de joelhos, o matador “terminou” o serviço.

Uma pessoa da família de Tiago informou que o rapaz havia comentado a existência de uma lista com nomes “marcados para morrer” e que ele seria o segundo. A existência da lista não foi desmentida pela polícia que, por sua vez, tem nomes de suspeitos de envolvimento com a quadrilha. “Ainda não conseguimos prendê-los”, disse o policial Ediu, responsável pela investigação de homicídios da delegacia de Tamandaré. Ele esteve no local com o investigador Rodrigo. A suposta lista teria o nome de pelo menos seis pessoas. A existência dela também foi confirmada por uma pessoa que já está presa por tráfico de drogas.

Investigação

Pelos levantamentos feitos até o momento, Tiago já vinha sofrendo ameaças de um homem, motivadas pela disputa por pontos de tráfico de drogas na região. Segundo uma testemunha, duas pessoas estariam por trás dos disparos, uma delas seria mulher. Essa informação não foi confirmada pelos investigadores. Outra revelação feita à polícia é que no mínimo oito tiros teriam sido ouvidos na localidade, o que indica que pelo menos duas armas foram utilizadas na execução. No corpo de Tiago haviam perfurações de revólver, provavelmente de calibres diferentes. “Se a quantidade de disparos ouvidos coincidir, de duas a três pessoas teriam atirado contra a vítima”, explicou Ediu.

Se for confirmada a existência da macabra lista, resta saber quem será o próximo.

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