O curitibano André Mussi Figueiredo, conhecido como ?Pulga?, 25 anos, preso durante a Operação Tsunami, no ano passado, foi condenado a 8 anos de reclusão e 1.200 dias-multa por tráfico de drogas e associação para o tráfico, pela Justiça Federal. A sentença da juíza Valéria Caldi Magalhães, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, foi dada no último dia 6 de julho, mas só ontem foi publicada no Diário Oficial. Após a condenação, André foi transferido sigilosamente do Rio de Janeiro para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), onde está recolhido. Segundo comentários, a transferência seria para que novas investigações fossem realizadas, já que na época nem todos os integrantes da quadrilha foram presos e André Mussi seria um forte distribuidor de drogas sintéticas na capital e no litoral, tendo acesso a festas da alta sociedade curitibana.
Sentença
Em mais de 200 páginas, a juíza salientou na sentença que a culpa de André Mussi é maior do que a dos outros dois presos da quadrilha – responsável pela distribuição de drogas, porque André Mussi é uma pessoa de ótima formação, com família estruturada e condições financeiras razoáveis. Além disso, Valéria cita que apesar de André Mussi permanecer em silêncio tanto no interrogatório policial quanto no judicial, entre as degravações telefônicas – realizadas na maior operação da Polícia Federal no combate a drogas sintéticas, André Mussi cita mais de uma vez que: ?Eu gosto mesmo é de drogar os outros?. Provas contidas no processo constatam que outros membros da quadrilha realizavam viagens periódicas a Curitiba, onde André Mussi morava, para fazer entregas de drogas sintéticas.
Condenados
Além do curitibano, foram condenados na mesma ação penal: Yuri Kulesla – 4 anos de reclusão, Jorge Luiz Dias Piracicaba – 7 anos, Daniel Rego Barros Piracicaba – 6 anos, Luís Marcelo Ciorciari Alonso, 6 anos, Lilia Rejane Marinho Januário – 6 anos, Júlio César Marinho Jordão Lage – 4 anos, Vivian Ribeiro Abdala, 3 anos e 6 meses, Carlos Henrique Fowler Moscoco – 6 anos, Raimundo Pimentel Correa – 6 anos, Alberto Moraes Neto – 4 anos, Leonardo de Paulo Fernandes da Silva -4 anos e 10 meses e Pablo Pelosi Ramos – 6 anos e oito meses. Mas entre os outros acusados de integrar a quadrilha, a maior penalidade foi a de André Mussi.
Tsunami
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal desencadeou a maior operação no combate ao tráfico de drogas sintéticas e efetuou prisões em vários estados, sendo a maioria no Rio de Janeiro. Somente André Mussi foi preso em Curitiba. De acordo com informações divulgadas pela PF na época, a quadrilha atuava há pelo menos três anos, era formada por jovens de classe média alta e comercializava LSD e ecstasy.
