A morte de Marlon Leal, 23 anos, conhecido como o “Monge do Jardim Independência”, em São José dos Pinhais, ocorreu por volta das 17h de ontem, em confronto com policiais militares das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), do 17.º Batalhão da PM. Ele era procurado pela polícia, que suspeitava de seu envolvimento com crimes e de ameaças feitas contra policiais e guardas municipais que trabalham na vila.
Ontem, foi visto na Rua Professora Lourdes Grutter Bonin, e quando percebeu que era seguido pela viatura da Rotam, correu para o beco no fim da rua. Segundo os policiais, na tentativa de se esconder, Marlon correu para trás de sua casa, mas antes atirou contra a equipe, que revidou e o baleou. “Continuou correndo para alcançar o terreno baldio dos fundos e quando saiu de trás da casa, atirou novamente. Então foi atingido fatalmente”, declarou o tenente Johanes, da PM.
Nas mãos de Marlon estava um revólver calibre 32. Familiares dele estavam na casa e se desesperaram com o barulho dos tiros. Ao ver o rapaz morto, xingaram os policiais.
Antecedentes
Marlon tinha passagens por homicídio e, segundo a polícia, era suspeito de tráfico de armas e de drogas. “Moradores comentaram que ele hostilizava até bombeiros que iam fazer resgates na favela. Disseram que ele ajudava os vizinhos, mas com objetivo de mantê-los próximos e comandar o beco”, declarou o soldado Holes.
Marlon era suspeito de matar o sogro, Amantino Machado dos Santos, 52 anos, em fevereiro do ano passado. Eles haviam discutido por causa do ciúme que o rapaz tinha da mulher. Brigaram no almoço de domingo e Marlon saiu prometendo vingança. Ele respondia pelo homicídio em liberdade.