Simone Collaço de Oliveira, 45 anos, morreu ao bater a motocicleta contra um Gol no Rebouças, bairro onde os acidentes já viraram rotina. Simone dirigia a motocicleta Sundown Future pela Rua Baltazar Carrasco dos Reis, quando, por volta das 9h, furou a preferencial e foi atingida por um Gol prata, que vinha pela Rua Iapó.
A câmera de segurança instalada na esquina do acidente registrou a colisão. As imagens mostram que a condutora passa direto, sem perceber a sinalização no asfalto e a placa de “Pare”.
A mulher foi arremessada a cerca de 20 metros e voou pelo asfalto. O moto ficou estraçalhada e os pedaços do veículo ficaram no asfalto ao lado do capacete usado por Simone, que morreu na hora com a violência da batida.
De acordo com policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), a mulher não estava habilitada para conduzir motos. “Encontraram com ela a carteira de motorista na categoria B para carro”, contou o soldado Otávio.
Teste
O Gol ainda bateu numa árvore. O veículo, conforme o policial, era conduzido pelo mecânico de uma concessionária e estava em teste. O motorista e o carro foram conduzidos à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
O acidente aconteceu na frente da casa de Flávio Quadros, que mora na Rua Iapó há 20 anos e já está acostumado com as colisões no bairro. Ele coleciona fotografias de acidente de trânsito na região e afirma que a placa de sinalizando não é suficiente.
“Foram seis óbitos que vi em 15 anos. Muitos motoristas passam direto pela Baltazar sentido centro e outros embicam o carro até o meio da rua para confirmar se está vindo alguém pela Iapó e, quando percebem, não dá mais tempo”, explica Flávio.
Para ele, o ideal era colocar um semáforo na esquina. “As autoridades nos disseram que só vão poder tomar alguma providência depois das obras do binário na Rua Chile”.