Mesmo debaixo de súplicas de ?pelo amor de Deus, não faça isso?, um assassino não teve piedade do ex-presidiário Paulo César Roque Machado, 21 anos. O agrediu com socos, chutes, pauladas e pedradas na cabeça.
Depois o amarrou pelo pescoço, usando um fio de telefone, prendeu o fio a uma motocicleta e saiu arrastando o corpo de Paulo por quase 100 metros da Rua Tereza Liberato Ricardo, no Jardim Holandês, em Piraquara. Depois abandonou o corpo e fugiu.
O sol já tinha aparecido. Eram por volta das 7h de ontem, e mesmo com o toda aquela barulheira, nenhum dos moradores da rua quis relatar o ocorrido.
De acordo com apurações das polícias Civil e Militar, Paulo recém ganhou a liberdade. Saiu da penitenciária há três semanas e passou a morar com uma jovem chamada Cláudia, dona de um pequeno barraco na rua onde ocorreu o crime, aos fundos de outra residência. Por volta das 7h, moradores foram acordados por gritaria e quebradeira dentro do barraco de Cláudia, que ficou inteiro revirado. Seria uma briga envolvendo Paulo.
Crueldade
Rastros de sangue mostram que o assassino, muito cruel, pode ter jogado Paulo para fora do barraco através da parede de madeira, que quebrou com o impacto. Depois disso, o trouxe arrastando e torturando a vítima, pelo quintal de outra casa, até a rua.
Lá, ainda o agrediu com pedradas na cabeça, como revelaram as pedras sujas e as enormes poças de sangue em frente à casa. Depois disso, o marginal ainda arrastou Paulo pela rua.
O Siate foi chamado e, quando chegou, o rapaz ainda estava vivo, mas morreu tão logo começou a receber socorro. Acredita-se que apesar de toda a agressão que sofreu, ele tenha morrido porque seu pescoço foi quebrado durante o arrasto.
Cláudia foi localizada pela polícia e ouvida depois na delegacia. Contou que estavam morando juntos, mas que ela não estava em casa na hora do ocorrido. Não soube dizer quem fez aquilo, nem porquê. Apesar disto, investigadores de Piraquara afirmam que já possuem informações suficientes para procurar pelo autor do crime.