Marcado para morrer

Crivado de balas em plena luz do dia na Guaíra

Anderson Cardoso da Silva, o “Mandinho”, 27 anos, conseguiu escapar da morte uma vez, há 11 dias. Ontem porém, a sorte o abandonou. Foi seguido em seu carro e fuzilado na Avenida da República, na Vila Guaíra, quase esquina com a Rua Mem de Sá, em plena luz do dia.

Claudinei de Souza, irmão de criação da vítima, contou que Anderson saía da casa de uma tia, no Parolin, por volta das 16h, para voltar para sua residência. Ele conduzia o Uno placa ALG-6131 e foi fechado por outros carros na Rua Minas Gerais, onde levou os primeiros tiros.

O tenente Lima, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, apurou que Anderson tentou fugir. Já na Avenida da República, bateu numa árvore, mas conseguiu endireitar o carro e continuou acelerando.

Durante o trajeto, o Uno foi crivado de balas calibre 380. Algumas quadras adiante, logo que a vítima cruzou a Rua Mem de Sá, perdeu o controle do automóvel, subiu numa calçada e caiu morto ao lado do carro. Não se sabe se Anderson foi arrancado pelos marginais de dentro do Uno, para levar mais tiros, ou se abriu a porta para tentar fugir a pé.

Tráfico

Testemunhas disseram à polícia que eram quatro os assassinos e eles ocupavam um Voyage preto, modelo novo. Claudinei, no entanto, disse que havia pelo menos outros dois carros na perseguição.

O irmão ainda contou que, quinta-feira (dia 1.º), Anderson foi baleado em frente de casa. Um carro passou por lá e um dos ocupantes disparou sete tiros. Ele levou dos tiros nas costas e se recuperou logo.

O rapaz já era conhecido da polícia por envolvimento com tráfico de drogas nos bairros Guaíra e Parolin. Ele tinha, inclusive, um mandado de prisão por este crime.

Claudinei confirmou a informação, afirmando que o irmão de criação não tinha uma vida tranqüila. Imediatamente a polícia coletou informações sobre os suspeitos e começou a investigá-los.