A denúncia de que a viatura policial utilizada pelo principal suspeito da morte da artesã Maria Emília Cacciatore Florêncio, 38 anos, teria sido retirada de maneira irregular do pátio do Instituto de Criminalística (IC), foi desmentida na tarde de ontem. José Ricardo Fiedler, chefe da Divisão Técnica da Capital do IC, esclareceu que o veículo foi normalmente vistoriado e entregue à pessoa que o tinha levado para a realização da perícia técnica. "O tenente Osvaldo Awarter Júnior foi quem trouxe a viatura Scenic para a perícia e quem tinha o ofício para a retirada do veículo. Ele foi a pessoa designada pela Delegacia de Vigilância e Captura (DVC) para fazer isso", explicou Fiedler. Segundo ele, todo o procedimento transcorreu de forma correta.
A viatura foi retirada do pátio do Instituto de Criminalística por policiais militares, o que gerou grande polêmica, pois o principal suspeito do crime de homicídio – o sargento Edson Prado – integra o quadro da corporação. Pelas informações passadas à reportagem da Tribuna, a viatura policial havia sido retirada sem a autorização da DVC, uma das delegacias que investiga o caso da morte da artesã e do desaparecimento da filha dela, Vivian Florêncio, 3 anos. O fato alcançou repercussão e foi, inclusive, comunicado à Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que solicitou explicações ao IC, conforme divulgado na edição de ontem.
Entretanto, as dúvidas foram sanadas ontem à tarde pelo Instituto de Criminalística. Mas fica a impressão de que as autoridades responsáveis pela solução dos dois casos (homicídio e desaparecimento) estão com dificuldades para "engrenar" os trabalhos e não chegam a conclusões, conforme havia sido denunciado pelos familiares da vítima.