O criminalista paranaense Cláudio Dalledone Júnior assumiu, ontem, a defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”, primo e administrador dos bens do ex-goleiro Bruno Souza, acusados do desaparecimento de Eliza Samudio.
Dalledone chegou ao Fórum de Contagem (MG) para acompanhar o interrogatório de seu cliente. No entanto, a juíza Marixa Fabiane preferiu ouvir primeiro Bruno, cujo interrogatório levou mais de nove horas. É provável que “Macarrão” seja interrogado hoje, mas a orientação de seu advogado é que permaneça calado.
Na audiência de instrução e julgamento, Bruno admitiu pela primeira vez que esteve com Eliza em seu sítio, no dia em que ela desapareceu. Afirmou que deu R$ 30 mil à jovem, para que ela resolvesse alguns problemas em São Paulo e que, a pedido dela, ficou com o “Bruninho’, suposto filho dele com a desaparecida.
Em sua versão, disse que iria ficar com o bebê por uma semana, até que Eliza retornasse para apanhá-lo. Porém ela sumiu e ele alegou ter sido preso antes que pudesse comunicar o sumiço dela à polícia.
Táxi
Bruno também afirmou que foi “Macarrão” quem levou Eliza de carro até um ponto de táxi, para que pudesse voltar para São Paulo, e que a partir dali não sabe o que aconteceu com ela.
Ele, que não admitia a paternidade do bebê, agora afirmou que tem 99% de certeza que “Bruninho” é seu filho. “Macarrão” deverá ser o sétimo réu a depor nesta semana. Deverão ainda ser interrogados Fernanda Gomes de Castro e Marcos Aparecido dos Santos.