A suposição inicial de que as mortes do auxiliar de produção Everton Carlos Ribeiro, 17 anos, e do açougueiro Davyd Correa Alves, 25, tivessem relação, começou a ser vista de outra forma pela Delegacia de Homicídios (DH). De acordo com o delegado Wallace de Brito, a alegação das famílias das vítimas de que os crimes tiveram motivações independentes está sendo considerado pela investigação. A princípio, pensou-se que o caso se tratava de uma briga de gangues, em que comparsas de Everton tivessem vingado sua morte matando Davyd.
As vítimas foram mortas a tiros em horários e locais próximos, na noite de sábado, no Cajuru. Everton morreu primeiro, por volta das 21h10, na Travessa Mainardi, na Vila Trindade. Uma hora depois, Davyd foi baleado na Travessa L, na vizinha Vila Autódromo. Apesar da proximidade de locais e horários, que levou a polícia a interligar os crimes, é possível que Everton tenho sido morto por dívidas que deixou com traficantes. Já Davyd, explicaram seus familiares, havia se desentendido com um bandido morador na vila, e possivelmente foi morto pelo marginal. A polícia já tem nomes e apelidos dos possíveis autores de ambos os crimes.
Duplo
Horas mais tarde, a Delegacia de Homicídios atendeu, na madrugada de domingo, um duplo homicídio, na Vila Pantanal, no Alto Boqueirão. O pintor Guilherme João Lisboa Júnior, 29, e Rogério Batista Damasceno, 26, o ?Urso?, foram mortos a tiros dentro de casa, na Rua Maria Marques Camargo, e arrastados até o jardim. Brito explica que ainda sabe pouco sobre a autoria e motivo do crime. O delegado prefere não divulgar as informações que conseguiu para não atrapalhar as investigações.