Um rastro vermelho ligava a terra batida da Rua Presidente João Goulart, Jardim Ludovica, no Tatuquara, ao matagal adjacente à via. Era o sangue de um homem de aproximadamente 25 anos, sem documentos, assassinado a facadas ontem de madrugada. O crime ainda é mistério para a polícia.
O sangue e o corpo do rapaz foram vistos por uma transeunte, que avisou o dono de um mercado da região e este acionou de imediato a Polícia Militar, às 9h20. O corpo estava a cinco metros da rua, envolto por muito lixo jogado por moradores. Entre os vários curiosos que se aglomeraram ao redor do cadáver, apenas um homem forneceu à polícia uma pista da identidade da vítima: segundo ele, tratava-se de Aníbal, morador do Jardim da Ordem, Tatuquara. Foi a única informação relevante repassada aos policiais. “Nem a moradora de uma residência aqui em frente disse ter visto algo estranho”, disse o sargento Thuler, do 13.º Batalhão da PM.
A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, no peito e no pescoço. “Talvez descubra-se mais golpes quando as roupas dele forem retiradas”, disse o perito Emir Gebran, do Instituto de Criminalística, estimando que a morte ocorrera no final da madrugada de ontem.
O rapaz era moreno claro, tinha cabelo curto e media aproximadamente 1,70m. Quando foi morto, vestia jaqueta branca e marrom, blusa azul, calça de brim e estava sem sapatos. Na mão esquerda, usava duas alianças. (CS)