Esta semana completa um mês que o ex-segurança Paulo Delci Unfried, 32 anos, foi detido acusado de estupro e assalto, em Matinhos. No mesmo dia em que foi feito o flagrante, 24 de junho, foi levantada – pela população local e pela imprensa – a semelhança de Unfried com o retrato falado do assassino do estudante Osíris Del Corso, morto no dia 31 de janeiro no Morro do Boi, no mesmo município.
Ontem, em contato com o Ministério Público (MP), através da assessoria de imprensa, a reportagem de O Estado buscou alguns esclarecimentos sobre a situação de Unfried.
Como explicou o órgão, Unfried ainda não foi denunciado. Nem pelo caso que lhe rendeu a detenção, tampouco pelo caso do Morro do Boi. Neste último, o MP afirma que ele é testemunho do juízo (e não acusado).
Na próxima quinta-feira, Unfried será colocado para o reconhecimento da segunda vítima do Morro do Boi, Monik Pegorari de Lima, que perdeu o movimento das pernas. Como também esclareceu o MP, reconhecimento é diferente de acareação. Essa confusão tem sido frequente nas notícias sobre o caso.
Como explica a legislação criminal, o reconhecimento é o primeiro passo. Se ainda não é reconhecido pela vítima, não é réu e não sendo réu ou seja, não sendo parte no processo não pode participar de uma acareação.