A delegacia de Piraquara ainda não dispõe de informações concretas para dar um rumo às investigações sobre a morte de Rosângela Maria Gonçalves, 30 anos, encontrada a em um terreno baldio, nos fundos do posto de saúde e do módulo da PM, no Jardim Holandês. A vítima foi atingida por golpes de pedaços de madeira e há suspeita de ter sofrido violência sexual, pois a calcinha dela estava abaixada. Até o final da tarde de ontem a delegacia ainda não tinha o resultado do laudo de necropsia. “Entrei em contato com o IML, mas não há confirmação de estupro. Vão ser realizados exames complementares”, afirmou o superintendente Valdir de Cordova Bicudo.
Segundo o policial, a vítima não conta com antecedentes criminais, mas há relatos que ela ficava violenta depois que ingeria bebidas alcoólicas. Ainda não há um ponto de partida para as investigações, mas isso deverá acontecer a partir do depoimento do marido dela, Adelso Nunes de Souza, e da cunhada Vera Lúcia de Souza, que já foram intimados. “Recebemos várias informações sobre o caso, mas todas desencontradas”, disse Bicudo.
Outro fator que complica as investigações é que no Jardim Holandês predomina a “lei do silêncio” e ninguém quer se envolver. A “Rua da Morte” como é conhecida a Rua Betonex, não tem esse codinome à toa.
Crime
Rosângela foi morta logo depois de sair de um boteco na Rua Betonex, no Jardim Holandês. Segundo levantamento, por volta das 22h50 de domingo, a vítima deixou a companhia da cunhada Vera, montou no cavalo com a intenção de voltar para casa. Mas durante o caminho foi atacada e, na manhã seguinte, seu corpo foi encontrado.
O rosto da vítima estava todo desfigurado e a calcinha abaixada até o tornozelo. A arma do crime não foi encontrada, mas a polícia recolheu uma luva cirúrgica perto do cadáver. O superintendente acredita que a vítima não foi morta no local, apenas desovada.
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