Criancinha é abandonada dentro do cemitério

Com hematomas pelo corpo e segurando uma sacola plástica onde estavam um short e uma camiseta molhados, uma garotinha de aproximadamente um ano e 8 meses de idade foi encontrada no Cemitério Municipal e encaminhada para a Casa de Acolhimento Pequeno Cidadão. A localização da criança aconteceu há um mês e até agora as autoridades responsáveis pelo caso não conseguiram encontrar os pais ou parentes da menor ou ao menos solucionar o mistério que a envolve.

A principal suspeita é de que a menina tenha sido abandonada por alguém da família, talvez a própria mãe, já que não há nenhum resistro de queixa de desaparecimento de criança com as características dela em todo o Paraná. Porém não está descartada a hipótese da menor ter sido seqüestrada em outro Estado e trazida para Curitiba.

Encontro

Em 6 de fevereiro último, um homem foi rezar no cemitério e ouviu um choro de criança. Procurando entre as lápides, encontrou a garotinha em um local onde ela não poderia ter entrado sozinha. Possivelmente foi deixada ali por quem a abandonou, para que não se ferisse. Na mão segurava a sacolinha de plástico com as roupas molhadas. Imediatamente a pessoa que a encontrou chamou os guardas municipais e estes comunicaram o fato ao SOS Criança.

Levada para a Vara da Infância e da Juventude, a menina foi examinada por médicos e conduzida ao abrigo Pequeno Cidadão, onde passou a ser chamada pelos funcionários de Mariana . Há suspeita de que ela pode ter sofrido violência sexual, mas isso somente será confirmado com resultados de exames a serem realizados no Instituto Médico Legal.

Providências

O caso corre em segredo de Justiça na Vara da Infância. A localização da menor também foi informada ao Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) e a delegada responsável pelo órgão, Márcia Tavares, tratou de comunicar as delegacias do interior do Estado, fornecendo a descrição da menina, e também as delegacias afins de todo o País.

Até agora a Justiça não liberou uma fotografia da menor, para que com a divulgação se tente encontrar sua família ou alguém que conheça seus parentes. A juíza Lidia Matos Guedes prometeu analisar o caso na segunda-feira e decidir se autoriza a divulgação da foto.

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