O caminho até a escola reservou uma surpresa desagradável para crianças do bairro Barro Preto, em São José dos Pinhais. A 200 metros do Colégio Municipal Júlia Wanderley e do Colégio Estadual Barro Preto, que funcionam no mesmo prédio da Alameda Bom Pastor, encontraram o corpo do guardador de carros Adriano Gomes de Andrade, 19 anos, residente no Jardim Ouro Fino, naquele mesmo município. O cadáver estava na beira da rua, junto ao mato, e foi localizado às 6h50 de ontem.
O rapaz, que segundo a polícia tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas e furto, apresentava visíveis vergões no pescoço, causados por um fio ou outro objeto usado para provocar asfixia, segundo avaliação preliminar da Polícia Científica. Também havia sangue na cabeça, indicando provável espancamento. O perito Emir Gebran estimou que a morte ocorreu entre o final da noite de domingo e o início da madrugada de ontem.
As calças da vítima estavam abaixadas até os tornozelos e um pé do par de sapatos não foi encontrado. “Provavelmente foi desovado aqui de carro”, disse o cabo Schmidt, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, que não quis arriscar um motivo para o fato de as calças estarem abaixadas.
Curiosos
Os cerca de 10 curiosos que acompanharam o recolhimento do corpo não conheciam a vítima. Só um rapaz que passou pela rua de bicicleta, a caminho de uma entrevista para tentar emprego, identificou o morto. “É o Chiquinho, que mora no bairro Ouro Fino. Vi a irmã dele ainda hoje”, contou o rapaz, que disse se chamar Júnior. A testemunha conhecia o homem apenas de vista e não soube fornecer detalhes sobre a vida dele. Porém através desta informação foi possível identificar o morto.
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