A polícia de Cianorte, Noroeste do Estado, está investigando denúncias de pedofilia contra o padre José Cipriano da Silva, de 39 anos. Ele foi acusado por três crianças, com idades entre 13 e 14 anos, de prática de atos obscenos e abuso sexual. Cipriano foi afastado de suas funções, no município de São Tomé, a 20 quilômetros de Cianorte, e está com a família em Sinop (MT).
Cianorte (AE) – O delegado de Cianorte, Saulo Barreto, disse ter recebido, ontem, um telefonema do advogado do padre, prometendo que ele se apresentaria em 48 horas. Não há pedido de prisão contra ele.
Começo da história
Na semana passada, a polícia prendeu os bóias-frias Antônio Proença, 34, e Leonildo Paulo Salu, 36, acusados de abusar sexualmente de crianças, um deles filho do próprio Proença. As denúncias chegaram à polícia por meio do Conselho Tutelar de São Tomé, município com cerca de 6 mil habitantes.
No decorrer da investigação, três crianças acabaram confessando que também mantinham relações com o padre Cipriano. Segundo o delegado, eles disseram que freqüentavam a casa do padre e se deitavam com ele na cama do quarto para assistir televisão. Dois deles afirmaram que trocavam carícias com o padre, enquanto um terceiro confessou ter mantido relações sexuais. Ele disse que era coroinha e chegava a passar algumas noites com o padre.
As acusações contra o padre seriam do conhecimento da diocese há cerca de três meses. Um conselho formado por padres analisou o caso e propôs o afastamento de Cipriano. O bispo de Campo Mourão, dom Mauro Aparecido dos Santos, que responde pela diocese de Umuarama, está viajando, e o vigário-geral, monsenhor Antônio Luiz, não foi encontrado pela reportagem.