O corpo de um garoto de aproximadamente dez anos, encontrado queimado em uma propriedade rural, em Quatro Barras, no último sábado, continua sem identificação no necrotério do IML. E o caso ainda é um mistério para a polícia. De acordo com o delegado Erineu Sebastião Portes, acredita-se que a vítima seja moradora da região, pois as investigações estão sendo concentradas na área, inclusive com o apoio do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Entretanto, há possibilidade de o corpo apenas ter sido "desovado" em Campina Grande do Sul.

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A demora no reconhecimento da criança reforça a hipótese do envolvimento de familiares no brutal crime. "Se o criminoso for parente, nunca vai aparecer para identificar o cadáver", explicou o policial. O garoto morreu em decorrência de queimaduras pelo corpo e não há sinais de lesões ou perfurações causadas por arma branca ou de fogo. Pelas características físicas da vítima não se trata de nenhuma criança perdida ou andarilho. O delegado ressaltou que a criança era "bem nutrida".

Sem queixa

Não há queixas de desaparecimento de crianças na região de Quatro Barras e os casos que estavam sendo investigados pelo Sicride são mais antigos. A criança foi morta poucas horas antes do seu corpo ter sido encontrado.

No IML, em Curitiba, nenhuma família havia procurado o corpo da criança para efetuar o reconhecimento até a tarde de ontem. Os exames no cadáver já foram realizados, inclusive com a coleta de material para a realização de exames do DNA. Os demais exames, como o odontológico e o de impressão digital do pé, além da retirada de fotografias do corpo estão à disposição para confrontos no Instituto Médico Legal.

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