O desespero da família e de vizinhos do pequeno Carlos Eduardo Miranda Alves Bonfim, de um ano e 9 meses, foi aumentando à medida que a procura pela criança, iniciada às 20h de segunda-feira, não surtia efeito. Foi por volta das 21h30 que um tio do menino encontrou-o afogado no fosso de um banheiro externo, ao lado da casa dele, na Rua Recanto dos Papagaios, em Almirante Tamandaré.
O tio percebeu a porta do banheiro aberta e resolveu mexer no buraco ao lado do assento. “Notei que tinha um volume, uma roupa, e puxando com uma enxada vi que era o corpo de meu sobrinho”, relatou. Segundo contou Carlos Alves de Bonfim, 27 anos, pai da criança, seu filho brincava na casa de um primo e quando a mãe, Rosicléia Miranda, 22, foi buscá-lo, disseram que ele já havia retornado a sua casa. Começou o desespero que tomou conta de toda a vizinhança. Matos e casas foram vasculhados, até o encontro trágico.
O corpo de Carlos foi retirado da fossa, com dois metros de profundidade e a 60 cm do nível do solo, pelos bombeiros. O trabalho foi acompanhado pela perita Jussara, da Polícia Científica, pelos soldados Reikdal e Richard, do 17.º BPM, e investigadores da delegacia local. Rosicléia tem outro filho, de 3 anos, e está grávida de oito meses. Enquanto seu caçula era resgatado pelos bombeiros, ela começou a passar mal e por pouco não entrou em trabalho de parto prematuramente.
