Ademílson Miranda de Araújo, de 26 anos, saiu de casa pouco antes das 18h de quinta-feira (3) para ir até a igreja, mas não conseguiu chegar ao seu destino.
No caminho, o rapaz foi atingido por diversos tiros, que o acertaram nas costas, peito e cabeça. O crime aconteceu na Rua dos Eucaliptos, Condomínio Residencial Serra do Mar, bairro Rio Pequeno, em São José dos Pinhais.
Os atiradores não pouparam a vítima nem mesmo pelo fato dela estar acompanhada por uma criança de apenas seis anos, um menino que era seu sobrinho e que presenciou o assassinato.
A mãe de Ademílson estava no local. Muito abalada ela relatou que foi o menino quem avisou a família que o tio tinha sido baleado. Indignada, ela ainda disse que quando chegou até seu filho, viu que ele ainda estava vivo.
“Ligamos várias vezes para o Siate, que demorou quase uma hora para chegar. Nós insistimos e eles acharam que era trote. Meu filho estava vivo, poderia ter socorrido”, afirmou a mãe.
Além de Ademílson, ela afirmou ter perdido outro filho há três anos, um rapaz de 17 anos que também morreu assassinado.
Recomeçado
A ex-companheira do rapaz, com quem ele tinha um filho de dois anos, contou que Ademílson estava mudado, que tinha abandonado as drogas após passar uma temporada em uma clínica de recuperação e que agora, procurava emprego e apoio na religião. “Ele era um bom pai e estava refazendo sua vida”.
Ademílson tinha voltado a viver no bairro, que é conhecido pela criminalidade e pelo tráfico de drogas há cerca de um mês. A família diz que ele teria sido aceito pela comunidade e que não tem ideia de quem seria o autor do crime, que deve ser investigado pela Delegacia de São José dos Pinhais.
O corpo do jovem foi recolhido ao Instituto Médico-Legal de Curitiba.