A morte do cobrador José Rodrigues, 38 anos, ocorrida no início da semana, gerou protestos entre trabalhadores do transporte coletivo e fez com que o coronel Nemésio Xavier de França – comandante do Policiamento da Capital (CPC) – convocasse, na tarde de ontem, uma reunião com representantes das empresas para discutir melhorias no sistema de segurança. O trabalho investigativo no interior de ônibus, visando diminuir a criminalidade, já vem ocorrendo e é realizado por equipes do Grupo Tático Velado (GTV), que trabalha à paisana. Pelas estatísticas da PM, graças a esse trabalho, o número de assaltos a estações-tubo e coletivos diminuiu. “Podemos constatar a diminuição na criminalidade devido ao número de prisões realizadas pelo GTV. Em janeiro foram 68 prisões; em abril, 21”, informou a assessoria de imprensa do CPC.
Acordos
Na reunião, que contou com a presença de 27 representantes de empresas do sistema viário de Curitiba e Região Metropolitana, algumas bases foram acordadas. A principal delas é que o GTV, que antes possuía instrução apenas investigativa, agora tem a autorização de abordar suspeitos e detê-los, aguardando sempre a chegada de PMs devidamente uniformizados.
Outra decisão diz respeito aos trabalhadores (motoristas e cobradores). Como a PM vai intensificar as blitz preventivas em coletivos, os trabalhadores das empresas receberão um documento do comandante da operação especificando que o veículo foi vistoriado pela polícia. Isso se faz necessário para justificar o atraso na chegada do coletivo em determinado ponto e para que trabalhadores não sejam punidos.
Segundo a assessoria de imprensa, a Polícia Militar – através de seu serviço reservado – possui imagens de vários assaltantes e está trabalhando para que o autor da morte do cobrador seja preso o mais rápido possível.