Corregedoria se cala

Telefones desligados, reuniões pesadas e muito silêncio. É neste "clima" que correm as investigações para apurar o envolvimento de policiais civis na rede de pedofilia associada a extorsões. Esperava-se que ontem o nome dos 14 policiais envolvidos fossem divulgados, mas nenhuma autoridade se manifestou sobre o caso.

A Corregedoria da Polícia Civil vinha investigando a participação de policiais do 4.º DP (São Lourenço) no esquema desde o dia 19 de abril, quando surgiu a primeira denúncia de extorsão. Há dez dias, o caso ganhou repercussão na mídia e meninas que estudavam no mesmo colégio contaram como foram aliciadas. Além do 4.º DP, elas afirmaram o envolvimento de alguns policiais do 7.º DP (Vila Hauer) e 12.º DP (Santa Felicidade).

Na última segunda-feira a delegada Denise Dorigo Barão, a pedido da corregedora Charis Negrão, ouviu as garotas, que reconheceram alguns policiais através de fotografias. Charis garantiu que havia indícios suficientes da participação de 14 policiais.

Silêncio

A corregedora disse que pretendia revelar os nomes dos envolvidos até ontem. Desde a última quarta-feira, Charis não atende a imprensa, provavelmente seguindo ordem da Secretaria da Segurança Pública. A delegada Ana Cláudia Machado, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crime (Nucria), até agora não se pronunciou sobre o caso.

Enquanto nenhuma informação sobre o andamento das investigações é divulgada, as família correm em busca de proteção, uma vez que temem vingança. A família de uma adolescente de 12 anos garante que está sendo perseguida e teme que o caso fique sem uma solução. Há informações que já foram expedidos mandados de prisão, mas até o final da tarde de ontem ninguém havia sido preso.

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