Corre mas não escapa de seus matadores

Alberto Melnechulky / Tribuna

Daniel morreu depois de pular o muro de uma casa.

De nada adiantou o pintor Daniel de Paula da Silva, 17 anos, pular o muro de uma residência para salvar sua vida. Ele caiu morto na calçada da casa na Travessa Principal, em frente à pracinha da Vila Agrícola, Cajuru, às 13h de sábado. Ninguém quis informar no local o que motivou o assassinato do jovem que recebeu três tiros. Naquela região predomina a “lei do silêncio” e poucas informações foram repassadas aos policiais que atenderam a ocorrência. O crime está sendo acompanhado pela Delegacia de Homicídios que registrou o caso.

Para os familiares de Daniel ele foi morto por engano.

No boletim de ocorrência da DH consta que a vítima chegou com sua bicicleta em uma bicicletaria, onde iria encher o pneu do “veículo”. A vítima foi surpreendida por outro rapaz que também encostou a bicicleta no local, falou alguma coisa e disparou três tiros que acertaram Daniel.

Para tentar escapar de seu assassino, o jovem chegou a pular o muro de uma residência que faz divisa com a bicicletaria, mas suas forças foram se esvaindo e ele morreu na calçada da casa. O autor fugiu em seguida.

Familiares do jovem não souberam explicar o que teria motivado sua morte. Segundo eles, Daniel era evangélico, não tinha vícios e não contava com antecedentes criminais.