Junto ao milharal de uma chácara à beira da Estrada Principal da Colônia Mariana, em Campo Largo, moradores encontraram um cadáver em estado de decomposição, mutilado por animais e parcialmente incinerado, no início da tarde de ontem. A polícia não conseguiu encontrar pistas que indicassem a identidade da vítima, possivelmente uma mulher.
O corpo estava totalmente queimado da cintura para cima. Ossos das costelas e dos braços foram triturados por cães e outros animais e espalhados ao redor da plantação. A dez metros do cadáver, a Polícia Científica recolheu uma garrafa vazia de álcool, um relógio de pulso da marca Supermatic e chumaços de cabelo castanho – alguns eram grisalhos, indicando que a vítima não seria muito jovem.
Roupas
Também havia peças de roupa parcialmente destruídas pelo fogo e que provavelmente pertenciam à vítima – uma blusa feminina branca com listras pretas finas, um casaco vermelho com zíper e uma blusa de lã fina. Além das roupas, a forma e tamanho do crânio levava a crer que se tratava de uma mulher. “Os pés bem pequenos são mais um indicativo”, comentou o perito Marco Pimpão, da Polícia Científica. Ele estimou, em avaliação preliminar, que a morte ocorreu há dez dias. “Há duas semanas passei por aqui para colher feijão e não vi nada”, contou José Garzaro, filho do proprietário da chácara.
De acordo com os soldados Ronaldo e Camargo, do 17º Batalhão da PM, não há registro de pessoa desaparecida na região. “Os assassinos vieram de outro lugar, mas conheciam bem as redondezas”, supôs Ronaldo.
A necropsia do Instituto Médico Legal vai determinar a causa da morte da vítima. O corpo aguarda identificação e o crime passa a ser investigado pela delegacia de Campo Largo.