"Quem fez isso será descoberto. Eu vou descobrir". Esta foi a promessa feita, na manhã de ontem, pela dona-de-casa Maria de Lurdes Cardoso, 39 anos, quando avistou o corpo de seu filho caído dentro de uma valeta. Cristiano Cardoso, 18, foi assassinado a tiros e desovado no final da Rua Che Guevara, Jardim Arvoredo, Araucária.
No início da manhã, vários moradores da região aglomeravam-se ao redor do corpo, quando Maria resolveu juntar-se aos curiosos. Ao chegar perto do cadáver, ela levou um choque ao reconhecer o filho. "Por que fizeram isso com ele? Eu já vivi muito, deviam ter feito isso comigo", lamentava a mulher.
A última vez que a dona-de-casa viu Cristiano foi na tarde de domingo. Por volta das 16h ele saiu de casa dizendo que iria dar uma volta. Maria acredita que o rapaz foi jogar sinuca em algum bar, como costumava fazer, e lá se envolvido em confusão. "Ele não tinha inimigos. Cristiano trabalhava em uma oficina mecânica e nós estávamos fazendo planos de vender nossa casa para comprar um carro e uma chacrinha, e lá criar porcos e galinhas", contou a mulher desolada.
Desovado
Segundo o soldado Lourenço, do 17.º Batalhão de Polícia Militar, a moradora da casa em frente onde o corpo foi encontrado contou que ouviu barulho durante a madrugada. "Ela disse que eram 2h quando ouviu conversas e ruídos, porém, ficou com medo e trancou-se na casa, sem avistar os assassinos", contou o policial.
De acordo com o perito criminal Antônio Carlos, a vítima foi assassinada com pelo menos um tiro na cabeça e arrastada até a valeta. "Ele foi morto em outro lugar, pois as escoriações nas costas foram causadas pelo atrito com o solo", disse o perito.
As investigações serão conduzidas por policiais da delegacia de Araucária.