O corpo de um rapaz demorou dez horas para ser recolhido pelo Instituto Médico-Legal (IML). Segundo registros da Polícia Militar, Franklin Caetano da Cruz, 27 anos, foi encontrado morto no começo da madrugada, na Rua Galileu Galilei, Lindoia.
Ontem pela manhã, a PM recebeu nova chamada, dizendo que o corpo ainda estava no local. Foi só então às 10h30, que o rabecão do IML chegou ao endereço para buscar o cadáver. Enquanto isso, a vizinhança “fazia fila” para ver o corpo.
Franklin, que, segundo informações da Delegacia de Homicídios, era usuário de drogas, estava sentado no sofá quando foi encontrado morto. Vizinhos disseram ter ouvido barulho de vários tiros e um Gol cinza saindo do local em alta velocidade. Testemunhas também relataram que os assassinos deixaram a casa tranquilamente.
O cunhado do dono da residência informou que o local é frequentado por viciados e, há cerca de dois meses, outro usuário de drogas foi assassinado ali. O dono da casa não foi localizado.
Demora
Pela manhã, enquanto na Delegacia de Homicídios já havia boletim de ocorrência sobre o caso, o nome da vítima ainda não constava no relatório divulgado diariamente pelo IML. Segundo informações do plantão do IML, o problema não foi a falta de viaturas (havia três na garagem), mas falha de comunicação.
De acordo com a Sala da Imprensa da PM, a primeira ligação sobre um rapaz ferido com três tiros no rosto, num mocó daquela rua, foi feita aos 21 minutos de ontem. Os soldados Bastos e Tolentino, do 13.º Batalhão da PM, foram até o local, bem como investigadores da Delegacia de Homicídios.
Moradores contaram que a PM ainda aguardou quatro horas, mas deixou o local para atender outras ocorrências. Conforme informações do 13.º BPM, a PM orienta que a equipe faça a averiguação do local até a chegada da Polícia Civil.
Pela manhã, por volta de 9h50, a PM recebeu nova ligação, informando que o cadáver ainda estava na casa e até virou motivo de atração para os moradores. Só depois de aproximadamente 40 minutos, uma viatura do IML recolheu o corpo. A Secretaria da Segurança Pública não explicou o porquê da confusão.
