O rapaz que confessou ter assassinado uma professora de Educação Física, há três anos, foi preso, na terça-feira (29), após dar uma canseira nos policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Douglas Carlos Moura Cândido, 21 anos, era foragido da cadeia de Manoel Ribas, onde furtou veículo de contrabandistas de cigarro e, ao saber que seria transferido para a capital, derreteu o cadeado da cela e fugiu para Curitiba. Ele foi preso armado com um revólver, no bairro Jardim Botânico, depois de tentar pedir ajuda pelo orelhão.

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Apesar da pouca idade, Douglas é dono de uma extensa ficha criminal e confessou ter assassinado a tiros a professora Silvia Regin da Silva, 42, juntamente com um comparsa, a mando do ex-marido da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2008, em Almirante Tamandaré, quando o garoto era menor de idade. Poucos meses depois, a Justiça concedeu liberdade ao jovem, que ganhou as ruas para continuar sua vida desregrada.

Na madrugada de 15 de novembro deste ano, ele e outro rapaz não identificado roubaram um Fiat Strada branco que transportava carga de cigarro contrabandeado do Paraguai por uma estrada de chão. Com o carro roubado, eles fecharam outro veículo também conduzido pelos chamados “cigarreiros”, segundo o delegado Amarildo Antunes. Durante o roubo, houve troca de tiros. Douglas e o motorista do veículo foram baleados.

O garoto pediu socorro no hospital da cidade de Turvo, também no Norte do Paraná. A polícia soube do ocorrido e o prendeu. O motorista baleado continua internado em estado grave.

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No último sábado, ao saber que seria transferido para Curitiba, Douglas resolveu fugir, pois já era procurado na capital pelo roubo de um Astra, no dia 12 de outubro. Com auxílio de colegas de prisão, ele derreteu o cadeado da cela e fugiu pelo telhado da cadeia. Entretanto, em vez de escolher outra cidade para se refugiar, Douglas veio parar justamente na capital com o Strada roubado.

Denúncia

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No início desta semana, os policiais receberam denúncias sobre o paradeiro do suspeito, que foi localizado na Avenida das Torres, perto de um hipermercado. Por volta das 18h, ele foi surpreendido e começou a correr. Só parou para pedir ajuda num telefone público. A polícia novamente o alcançou durante a perseguição, mas Douglas apertou o passo de novo e só foi agarrado pelas pernas tentando escalar o telhado de uma casa.

“Esse menino corre demais. Os policiais davam voz de prisão e ele não obedecia. Ele é uma pessoa que passa uma frieza pelo olhar. Ele veio para cá para praticar outros roubos e, em poucas horas, já tinha conseguido uma arma, que foi furtada de uma empresa de vigilância de Curitiba”, comentou o delegado. Douglas permanece no setor de carceragem provisória do Cope, de onde será transferido em breve.