A pequena Elisana teve poucas horas de vida. A menina que nasceu às 5h17 de quinta-feira na Maternidade Humberto Carrano, na Lapa, e morreu às 22h30 do mesmo dia. Os pais da criança, o bóia-fria Agostinho Felipe, 36 anos, e a dona-de-casa Lucimara Leite, 18, acusam médicos da Clínica da Mulher da cidade de terem contribuído para a morte prematura do bebê.

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Lucimara, grávida de oito meses, disse que estava passando mal e procurou a clínica às 14h40 do último dia 22, quando tinha consulta agendada. "Quando cheguei, eles informaram que os médicos haviam sido dispensados em razão do jogo do Brasil contra o Japão", contou Lucimara. Ela disse que, apesar de sentir fortes dores, sua consulta só foi remarcada para o dia 4 de julho. "Já estava passando mal duas semanas antes da consulta e eles ainda adiaram", reclamou.

Na madrugada de quinta-feira, as dores aumentaram e Agostinho levou a mulher até a maternidade, onde nasceu Elisana, com problemas pulmonares e cardíacos.

Indignado, Agostinho procurou, ontem, a Rádio Banda B e denunciou o fato ao repórter Antônio Nascimento. O radialista procurou o secretário de saúde da Lapa, Roberto Luís que confirmou que a clínica estava fechada no dia do jogo, quando o município fez um esquema especial para que os funcionários pudessem acompanhar a partida de futebol.

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