Golpe

Coordenador de Defesa Civil é preso ao extorquir R$ 60 mil de ex-prefeito

O coordenador da Defesa Civil de Paranaguá, Jamal Toufic Ali Hajar, 49 anos, foi preso em flagrante pela polícia quando deixava o escritório do ex-prefeito da cidade, José Baka Filho, que fica em um prédio de Curitiba, depois de extorquir o político em R$ 60 mil.

Há cerca de dez dias Jamal procurou Baka dizendo ter contatos na cúpula da Polícia Civil e no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que segundo ele, estariam investigando o ex-prefeito e o prenderiam em breve.

De acordo com a polícia, Jamal pediu R$ 150 mil, mais U$ 50 mil, para interceder a favor de Baka e evitar a suposta prisão. Mas não deu detalhes do motivo que levava a polícia estar atrás do ex-prefeito. Baka conversou com seu advogado que entrou em contato com policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e descobriu que se tratava de golpe.

“O golpista marcou encontro com o ex-prefeito em seu escritório, na manhã desta quinta-feira (14), e Baka preparou R$ 60 mil para entregar a ele como entrada, alegando que depois pagaria o restante. Após a transação, no corredor do prédio, pedimos para ele abrir a mochila e diante do dinheiro, foi preso em flagrante”, descreveu o delegado Leonardo Bueno Carneiro.

Jamal vestia o colete da Defesa Civil. Foi levado para o Cope e depois ao 11.º Distrito (CIC). “Ele não quis falar muito. Disse apenas que não tem contatos na polícia nem no MP e que inventou a história para ganhar dinheiro fácil. Com a proximidade das eleições, se apoiou no valor que os políticos dão a imagem para tentar lucrar”, explicou Leonardo.

Jamal e Baka se conhecia apenas no âmbito profissional, segundo o delegado. Ele acredita que Baka foi escolhido aleatoriamente e que depois da divulgação da foto de Jamal, outras vítimas possam aparecer.

Candidatura impugnada

O ex-prefeito teve pedido de impugnação da candidatura de deputado federal, pelo PDT, feito pelo MP-PR, por causa de supostas irregularidades em sua gestão na prefeitura de Paranaguá.

Em fevereiro desse ano, ele e o ex-presidente da Empresa de Desenvolvimento de Paranaguá (Emdepar), Antônio Carlos Abud, tiveram parte dos bens bloqueados pela Justiça, totalizando R$ 53 milhões. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que o processo contra a candidatura de Baka será julgado na terça-feira (19). Caso seja absolvido, ele deve concorrer nas eleições pelo PDT, na coligação “Paraná que Segue em Frente”.

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