Conversa encerrada a tiros em Piraquara

O encanador desempregado Arnaldo de Oliveira, 25 anos, voltou do bar que costumava freqüentar acompanhado de dois homens. Os três conversavam calmamente em frente à casa de Arnaldo, até que cinco tiros acordaram a esposa do encanador e outros moradores da Rua Goiânia, na Vila Macedo, em Piraquara, às 3h30 de ontem. A mulher abriu a porta e viu o marido caindo morto, baleado no peito e pescoço, e os assassinos correndo em fuga. Quatro tiros acertaram a vítima.

Desentendimentos eram uma constante na vida de Arnaldo. “Ele adquiria inimigos neste bar. Já tinha levado tiros e facadas anteriormente”, disse o investigador Cello, da delegacia de Piraquara, que esteve no local do crime.

Na madrugada de ontem, o encanador teria discutido com dois homens no boteco. Seriam os mesmos que mais tarde falariam com ele no portão de casa. A mulher de Arnaldo, Eliane, ouviu o último trecho da conversa. “Meu marido disse ?não é bem assim? e logo depois escutei os tiros”, contou ela, sem saber o motivo do atrito.

Eliane ainda viu os dois homens batendo o portão e correndo – um deles era baixo e usava calça, e o outro, alto, vestia bermuda, conforme descreveu. Eles entraram numa casa distante e não foram reconhecidos pela mulher. Posteriormente, a delegacia de Piraquara recebeu a informação de que os matadores de Arnaldo seriam os mesmos que há cerca de três meses o haviam esfaqueado. “Os nomes dos suspeitos são Osni e Adão, e estão foragidos”, informou o superintendente da delegacia local, Valdir Bicudo.

Bares

Devido à grande onda de crimes que acontecem nos arredores de bares, a delegacia de Piraquara começou a realizar vistorias nesses estabelecimentos. Na localidade onde ocorreu o homicídio foram constatados 11 bares funcionando em situação irregular. Os bares em Piraquara têm autorização da Prefeitura para trabalhar até as 22h, depois estão ilegais. “Os bares situados principalmente em bairros periféricos normalmente abrem clandestinamente durante a madrugada e são esses locais que queremos impedir o funcionamento”, explicou o policial. Segundo Bicudo, nesses bares é que acontecem o comércio de armas ilegais, venda de drogas e também prostituição.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo