Confusão em bar termina em assassinato

Clientes quiseram pendurar a conta de duas caixas de cerveja na lanchonete Big Lanches. Os donos não aceitaram e o estabelecimento, localizado na Rua Astorga, Jardim Guaraituba, Colombo, virou praça de guerra às 18h de domingo. Durante a briga o freguês Osmar Machado, 37 anos, morreu, e outras três pessoas ficaram feridas. O proprietário e o filho foram autuados em flagrante por homicídio na delegacia do Alto Maracanã.

Um time inteiro de futebol, além de amigos dos jogadores, chegaram ao meio-dia de domingo no bar para comemorar a vitória num torneio amador local. O grupo bebeu até as 18 horas e, na hora de pagar, surgiu o desentendimento. Os responsáveis pela conta queriam fazer “fiado” pelas duas caixas de cerveja, o que desagradou ao proprietário José dos Santos Bilhar, 49 anos.

Houve uma grande briga no bar. Três irmãos foram feridos: Osmar, que levou dois tiros, Lourival Rosa Machado, baleado na mão esquerda, e Ilma Machado, atingida por coronhadas na cabeça. O primeiro foi levado para o Pronto Socorro do Alto Maracanã, mas já chegou morto. A esposa do proprietário do bar, Iracema Bilhar, 44 anos, também foi baleada na perna, e está hospitalizada.

Versões

Segundo o delegado Messias Antônio da Rosa, do Alto Maracanã, existem duas versões diferentes do caso. Os proprietários relatam que os fregueses estavam armados, e, na hora da confusão sobre o pagamento quebraram o bar, agrediram José e atiraram em Iracema. Já os clientes dizem que os donos atiraram neles, inclusive Iracema. “As vítimas confirmam, porém, que quebraram o estabelecimento e não quiseram pagar a conta de imediato”, falou Rosa. Os irmãos Machado eram moradores do bairro e freqüentadores da lanchonete.

José Bilhar e seu filho Sérgio Bilhar, 23 anos, foram autuados pelo delegado Rosa e permanecem detidos. Iracema, depois de receber alta do Hospital Angelina Caron, foi ouvida e responderá ao inquérito em liberdade. A polícia recolheu no bar dois revólveres calibre 38, cuja posse não foi assumida por ninguém. O delegado afirmou que irá ouvir outras testemunhas para descobrir qual a verdadeira versão do caso.

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