Confronto entre agricultores e seguranças mata 2 no Paraná

Duas pessoas morreram em um conflito ocorrido ontem entre seguranças e trabalhadores rurais na fazenda experimental de soja e milho transgênicos da multinacional Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, no interior do Paraná. De acordo com a Agência Brasil, outras pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. A Via Campesina, onde militava uma das vítimas fatais, Valmir Mota, relatou à Agência Brasil que "uma milícia de 40 pistoleiros" atacou o acampamento de sem-terra montado na fazenda experimental. Mota teria sido executado com dois tiros e outros seis sem-terra teriam sido feridos.

A Polícia Civil de Cascavel confirmou os óbitos e disse que a outra vítima fatal se chama Fábio Ferreira, que seria integrante da segurança particular da empresa. Mas forneceu uma informação diferente em relação aos feridos: seriam quatro seguranças e quatro sem-terra, sendo um de cada grupo em estado grave. A Via Campesina informou que uma integrante do movimento está em coma e corre risco de morte: Izabel Nascimento de Souza. A polícia confirma que uma mulher está em estado grave após ter levado um tiro no olho e foi operada no Hospital Universitário de Cascavel juntamente com um segurança que levou um tiro que perfurou o colete.

As famílias acampadas no campo de experimentos haviam deixado o local em julho, após mais de um ano de ocupação. Ontem pela manhã, 150 integrantes da Via Campesina retornaram ao local. O movimento denuncia o plantio de transgênicos no local, que está próximo à área de reserva ecológica do Parque Nacional do Iguaçu. Hoje a Secretaria de Segurança Pública do Paraná determinou que policiais fiquem de prontidão nas imediações da fazenda da Syngenta.

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