A formação de cartel de postos de combustíveis em Londrina foi comprovada. O inquérito que investigou a quadrilha depois da prisão de 14 pessoas na Operação Medusa, no último dia 22 de agosto, foi concluído ontem e encaminhado para que o Ministério Público Estadual (MPE) possa oferecer denúncia contra os acusados. A polícia já conseguiu na Justiça a prisão preventiva de cinco pessoas que estavam à frente do cartel.
Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, Marcus Michelotto, membros de uma mesma família – Djalma Eugênio Guarda, Djalma Eugênio Guarda Júnior, Itauby Netto José Ramalho Guarda, Mauro Cezar Guarda – estavam no comando do cartel. Eles vão continuar presos. Rodrigo Werner Silva, proprietário de uma gráfica que imprimia notas fiscais falsas, também vai permanecer preso. ?Nos depoimentos cada um deu uma versão ao alinhamento, mas confessam que combinavam os preços?, afirmou o delegado.
Michelotto informou que outro inquérito vai investigar a sonegação fiscal da distribuidora de combustível OilPetro, de propriedade dos irmãos Djalma Eugênio Guarda e Mauro Cezar Guarda. De acordo com a polícia, milhares de notas fiscais não autorizadas pela Receita Estadual, carimbos falsos de prefeituras, de postos da Receita Estadual e falsos registros de imóveis foram apreendidos. ?A Polícia Civil e a Receita Estadual vão analisar todos os documentos apreendidos?, explicou.