João Moraes Filho, conhecido como ?João Pastor?, não está preso. Após se apresentar na Promotoria de Investigação Criminal (PIC), no último dia 9, e confessar que executou os investigadores da Polícia Civil Edmilson Polchlopek, 34 anos, e Rubens Ferreira Lima, 49, foi liberado. João também entregou a arma do crime, um revólver calibre 357 com emblema da Polícia Militar, que foi enviado para o Instituto de Criminalística, para exame de balística. O resultado do exame foi positivo. Estranhamente não foi autuado por porte ilegal de arma.
De acordo com a assessoria de imprensa da PIC, João foi liberado porque não tinha mandado de prisão em vigor. O depoimento de João foi entregue à Delegacia de Homicídios no último dia 11 e recebido às 15h15.
Silêncio
O delegado Apprígio Paulo Andrade Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios, se negou a falar sobre o assunto. ?Estamos trabalhando num esquema de sigilo total. Não confirmo nada?, resumiu, sem admitir nem mesmo o recebimento do depoimento.
De acordo com informações extra-oficiais, a Delegacia de Homicídios solicitou o mandado de prisão de João à Justiça, após sua a0presentação na PIC, mas o pedido teria sido negado e reiterado posteriormente. Segundo comentários nos meios policiais, João teria passagem por tráfico de drogas e não se sabe como conseguiu a arma, que pertence à Polícia Militar.
Investigação
Outra investigação da morte dos policiais civis, realizada pela Delegacia de Homicídios, culminou na prisão de Luiz Valdoil Silva dos Santos, 30 anos, o ?Duiú?. Na casa dele, em São José dos Pinhais, também foram detidas outras cinco pessoas, entre eles um adolescente de 16 anos, todos utilizando drogas. Além de maconha e de um pó branco – que seria cocaína – policiais da DH também encontraram duas armas e munição.