Em dez minutos, os sete homens que formaram o corpo de jurados do Tribunal do Júri, condenaram ontem, a 15 anos de reclusão em regime fechado, Samuel Nisio (foto – arquivo), 50 anos.
Ele matou a ex-mulher Karla D’Arcanchy Arntmann, 35, no saguão de um prédio de luxo da Avenida Visconde de Guarapuava, Batel, em 21 de novembro de 2008. O casal estava separado havia 15 dias e ele não aceitava a separação.
O julgamento, presidido pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, começou às 13h e a sentença foi lida às 20h30, depois de acirrados debates entre a defesa e a acusação.
O promotor de Justiça Marcelo Balzer e o assistente de acusação Patrick Berriel alegaram que o crime foi premeditado e praticado com requinte de crueldade. Samuel esperou a vítima na entrada do edifício, arrastou-a para os fundos e desferiu-lhe nove punhaladas, até ser parado com dois golpes de extintor de incêndio, dados pelo porteiro do prédio.
Confissão
Os advogados de defesa Daniel Castro e Caio Gilheto pediram aos jurados que considerassem violenta emoção. A tese não foi acatada. O juiz estabeleceu pena de 18 anos, porém reduziu-a em três anos porque o réu confessou o crime. Berriel anunciou que vai recorrer para aumentar a condenação. “Ele deveria pegar pelo menos 20 anos”.
Samuel disse estar arrependido e pediu desculpas à família da vítima. Ele já havia desfigurado a primeira esposa a pancadas, mas esse crime foi desconsiderado, porque ainda não foi julgado. O réu está na Casa de Custódia de São José dos Pinhais desde a data do crime.