Silvanei Ferreira da Silva, o “Tom”, 19 anos, foi preso no final da tarde de ontem e confessou ter assassinado seu comparsa José Carlos dos Santos, 33, com um tiro no pescoço, às 20h30 de quarta-feira, na casa da vítima, no final da Rua dos Papagaios, Iguaçu I, em Fazenda Rio Grande. O motivo foi a divisão de produtos de furto.
O rapaz contou que arrombou uma casa no Jardim Iguaçu, junto com a vítima, e furtou um videocassete, um televisor e um aparelho de som. “Fui até a casa dele para cobrar a minha parte e soube que ele `fumou’ o videocassete. Ele era viciado em crack. Eu também sou viciado, fumo maconha, mas precisava do dinheiro da venda do vídeo para colocar comida na minha casa”, justificou. Segundo ele, sua mãe acabou de ter um bebê e não havia mantimento para ninguém da família, por isso resolveu furtar. “Não era justo, fizemos juntos. Fui até lá e discutimos. Apontei a garrucha para ele, o José Carlos segurou o cano e puxei o gatilho. Para falar a verdade, nem sei onde acertou. Só vi o fogo sair do cano e ele cair. Saí correndo, não quis nem saber”, lembrou. Silvanei disse que está arrependido porque agora foi preso e vai ter que pagar pelo crime. “Mas que ele mereceu, mereceu. Se não tivesse me passado a perna não estaria morto”, argumentou.
O delegado Noel Francisco da Silva, de Fazenda Rio Grande, informou que autuou Silvanei em flagrante por homicídio. “Desde o início sabíamos que era ele, só precisamos de um pouco de tempo para prendê-lo. Chegamos a persegui-lo”, ressaltou. O policial disse que ainda indiciou Silvanei por furto e devolveu o televisor e o aparelho de som para o proprietário da casa que os dois arrombaram. (VB)
