Ao “verificar” por qual motivo estava sendo intimado a comparecer na Delegacia de Homicídios, o pintor Mauro Espúrio Maranhão, 27 anos, acabou ficando encarceirado no final da tarde de quinta-feira (19).
Contra ele havia um mandado de prisão por homicídio, que o detido alega não ter nenhum envolvimento. Diz sequer conhecer a vítima. O crime que está sendo atribuído a Mauro teve como vítima Marcos Roberto Veloso e ocorreu na Rua Adalberto Tadeu Varobi, na Vila Oficinas, Cajuru, em 2006.
Dois homens encapuzados, se dizendo policiais, invadiram a casa de Marcos na madrugada e o mataram a tiros. Em seguida, fugiram numa Kombi. A vítima era usuária de drogas e tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma e roubo.
Mauro disse que tem uma tia, que trabalha num órgão de Justiça. Ele diz que a funcionária manuseava alguns documentos quando viu o nome do sobrinho num papel e ligou para ele.
Mauro afirma que, há alguns anos, teve um amigo assassinado e algumas pessoas o acusaram do crime. “Nós dois éramos viciados e usávamos drogas juntos. Mas eu saí dessa, fui morar em outro lugar, e ele continuou. Ficou devendo pra traficantes e foi morto, não tenho nada a ver com isto. Na época eu vim na delegacia prestar depoimento e mostrei que não matei meu amigo. Vim aqui ontem (quinta-feira) porque achei que podia ajudar em algo de novo. Eu não o matei”, disse o detido, alegando que, depois que deixou as drogas, casou-se, teve uma filha e hoje trabalha como pintor de paredes.
Ele ainda afirmou que o crime ocorreu depois que se afastou do amigo e foi morar em outro lugar, tempo em que ficou sem se falar com o comparsa de uso de drogas.