A empresa de vigilância Centronic, que ganhou notoriedade após seus vigilantes serem acusados de assassinar o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, ano passado, pode ter o seu registro de funcionamento cassado. O pedido para o cancelamento de sua licença foi solicitado pela Polícia Federal em Curitiba e acatado, ontem, pela Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), da PF, em Brasília.
No entanto, o parecer da Comissão vale se for acatado pelo diretor-geral da PF e divulgado no Diário Oficial da União. Antes disso, a empresa poderá continuar suas atividades normalmente. Após a publicação, a Centronic terá 10 dias para apresentar recurso junto ao diretor-geral da Polícia Federal.
Autuações
A Centronic foi vistoriada pela PF e recebeu oito autuações. Duas delas – referentes ao envolvimento dos vigilantes no homicídio do estudante, e a outra, devido a cenas de tortura a outros jovens encontradas no celular de um dos vigilantes envolvidos no caso Bruno – pediam o encerramento das atividades da empresa. As outras seis solicitavam punições a irregularidades. A defesa feita pela Centronic não foi aceita.
A empresa emitiu nota oficial, informando que não foi notificada judicialmente. O proprietário da empresa afirmou que irá recorrer junto ao diretor-geral da PF e ao ministro da Justiça. Caso não obtenha sucesso, a Centronic irá usar todos as medidas e recursos cabíveis para assegurar o seu livre exercício de atividade profissional.
