A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) visitou ontem as instalações do Instituto Médico-Legal (IML), para conferir se as medidas para adequação do local foram tomadas.
A comissão esteve no IML no dia 17 do mês passado e verificou existência de líquido proveniente da decomposição de corpos (necrochorume) das câmaras frias, excesso de corpos, falta de condições higiênicas, entre outros problemas.
De acordo com a presidente da comissão, Isabel Mendes, o diretor do instituto, Porcídio Vilani, mostrou projetos de curto, médio e longo prazo. “Na outra visita havia 120 corpos. Eles já enterraram 80. Para a próxima semana, a Sanepar e uma empresa contratada vão verificar a situação do necrochorume, ainda que haja garantia que este material não está sendo despejado na rede de esgoto comum. Os funcionários estavam devidamente equipados para trabalhar. Também foi divulgada a locação de veículos e da nova sede do IML, no bairro Vila Izabel, a ser entregue em julho de 2013”.
Falta
Entretanto, há o que melhorar bastante. “O cheiro dos cadáveres ainda continua forte. O equipamento cromatógrafo líquido, equipamento importante do laboratório de toxicologia e que está estragado, vai levar três meses para ser consertado. Para o funcionamento normal, eles podem ter 40 corpos no IML e atualmente estão com 75”, alerta.
A presidente fez ainda uma avaliação da visita. “Já houve movimentação para realização de melhorias. Vimos empenho da administração do IML. Contudo, ainda vamos continuar fiscalizando para que o espaço funcione de forma correta”.