Foto: Aliocha Maurício/O Estado

Os bandidos costumam atuar armados e com muita violência.

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Os comerciantes de Almirante Tamandaré, na divisa com Curitiba, estão preocupados com a falta de segurança. Segundo eles, os assaltos à mão armada na região vêm se intensificando, trazendo uma série de prejuízos e gerando um clima de insegurança.  

Evans Henrique da Cruz abriu uma farmácia há três meses e já foi assaltado duas vezes. A última foi esta semana. Ele acha que os assaltantes das duas ocasiões pertencem ao mesmo grupo. Eles agiram de forma parecida, dois entraram na farmácia e um terceiro ficou do lado de fora para vigiar. Depois, saíram correndo e desapareceram no matagal, próximo à linha do trem.

Evans diz que o prejuízo acumulado é de R$ 400. Mas não é só o dinheiro que preocupa. ?Eles entram armados e são bem violentos. Fazem ameaças pedindo mais dinheiro?, comenta. Os ladrões também não se preocupam muito com o horário, invadiram o local uma vez durante a tarde e outra durante a noite. ?Pareciam que estavam drogados e eram menores de idade?, diz. O comerciante já está até pensando em vender o ponto.

A manicure Mara Mariano, que trabalha num salão de beleza ao lado, lembra com medo das duas vezes em que foi assaltada no último mês. ?São violentos, agridem a gente verbalmente. A gente se sente um lixo. Trabalha para no fim do dia ter que entregar todo o dinheiro. Deveria ter mais segurança?, reclama.

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Há menos de um mês, os ladrões entraram numa loja móveis usados durante a noite. Levaram um botijão de gás, uma televisão e um vídeo. Para a comerciante ficou o prejuízo de R$ 400. ?Os marginais ficam andando durante o dia armados. A gente está abandonado?, comenta.

A proprietária da lan house mudou até o horário de atendimento com medo dos assaltos. Ela diz que antes fechava as portas às 22h, mas agora mudou para às 20h30. ?Fecho as portas junto com os outros comerciantes do prédio. Não dá para ficar até mais tarde?, explica Adriana da Silva.

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O capitão da 5.ª Companhia, responsável pela região, Cezar Kister, diz que o patrulhamento da região vem sendo feito normalmente e para que tenha mais resultado a população precisa registrar queixa, o que poucas pessoas costumam fazer. Um exemplo é o próprio comerciante Evans que ainda não havia ido à delegacia fazer o boletim de ocorrência. ?Sem registro, teoricamente, o crime não ocorreu?, explica o capitão. Ele diz ainda que a Polícia Militar vem trabalhando com a população, com a distribuição de cartilhas, para incentivar a denuncia e o registro dos crimes, direcionado o trabalho da polícia.