Ao tentar impedir que dois assaltantes levassem R$ 100,00 de sua distribuidora de bebidas, o comerciante Getúlio Antunes de lima, 60 anos, foi executado com um tiro na nuca. O latrocínio (roubo com morte) aconteceu às 21h de anteontem, na Rua Ignêz de Souza Soares, 848, no Tatuquara. Os bandidos pegaram o dinheiro e fugiram em uma motocicleta Titan vermelha, em direção a Vila Palmeira, no Tatuquara.
Faltavam 15 minutos para encerrar o expediente no sábado. Getúlio estava na porta da Distribuidora de Bebidas Lima, e seu filho, Maicon, 20, estava atrás do balcão, quando os bandidos chegaram e pararam a motocicleta em frente. Armados com revólveres e usando capacete, os criminosos desceram da moto, renderam Getúlio e ordenaram que ele entrasse. Em seguida anunciaram: "Assalto, abaixa". Maicon se abaixou atrás do balcão, mas Getúlio não obedeceu a ordem. Irritado, ele empurrou o peito de um dos marginais e falou: "Não vão levar nada". O outro assaltante, que estava vasculhando o caixa à procura de dinheiro, mirou a nuca do comerciante e disparou, acertando-o. Em seguida, guardou os R$ 100,00, que estavam no caixa e fugiu com o comparsa na motocicleta vermelha com a qual haviam chegado, deixando Getúlio agonizando. O Siate foi acionado, mas quando os socorristas chegaram, nada puderam fazer, pois a vítima já estava sem vida.
Maicon contou que a distribuidora já funciona há oito anos. Ele disse que esta foi a segunda vez que o estabelecimento sofre assalto. A primeira ocorreu há aproximadamente dois anos, quando ele estava no local com a mãe.
Investigações
O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, adiantou que já tem informações importantes que podem ajudar na identificação e prisão dos assaltantes. "Por enquanto não iremos divulgar para não atrapalhar os trabalhos, mas no início da semana teremos novidades".
Ele disse que os assaltantes aparentam 25 anos, são morenos, usavam capacete e jaquetas de naylon preta. "Neste caso a vítima morreu porque entrou em atrito com o bandido. Orientamos que as pessoas não reajam a roubos", frisou Recalcatti.