Mesmo sem reagir a um assalto, o comerciante Osvaldo da Costa Azevedo, 56 anos, foi executado com seis tiros, por volta das 10h de ontem, na Taberna do Gaúcho, na Rua Sebastião Marcos Luís, no Centenário. Os autores do crime são três rapazes, aparentando 20 anos, que fugiram a pé.
Os assassinos entraram no estabelecimento e pediram um refrigerante de dois litros para a mulher do comerciante, Odete Müller, 55. Ela os serviu e um dos bandidos lhe deu R$ 2,00. Odete avisou que o valor da bebida era R$ 3,50. Sem nada dizer, outro colocou a mão no bolso e sacou uma arma. Assustada, Odete disse: "É um assalto!". Ouvindo a frase, Osvaldo que estava na cozinha de seu estabelecimento, foi ver o que estava acontecendo. Quando surgiu na porta, que separa a cozinha do balcão, um dos criminosos efetuou os seis disparos, acertando seu peito. Sem chance de defesa, ele tombou morto atrás do balcão. Na seqüência, o trio fugiu sem nada levar, inclusive deixando a garrafa de coca-cola em cima de uma das mesas da lanchonete.
Roubo
Ainda abalada, Odete contou que seu marido foi morto por ladrões, já que ele não tinha inimigos e nenhuma rixa na região. Segundo a mulher, ele era uma pessoa benquista na região por todos.
Em princípio, foi comunicado que o crime era latrocínio (roubo seguido de morte) e policiais da Delegacia de Furtos e Roubos estiveram no local. Como nada foi levado pelos marginais, eles repassaram o caso para a Delegacia de Homicídios. Os investigadores Sydor e Emerson fizeram o boletim de ocorrência e informaram que a Delegacia de Homicídios dará prosseguimento às investigações.
Polícia, só durante o dia!
A Taberna do Gaúcho já foi assaltada anteriormente, por marginais que residem nas proximidades, segundo
o cunhado da vítima, Luiz Müller. "Aqui na vila todos os comerciantes já foram roubados. Não tem condições", lamentou. "Com a lei do desarmamento, os bandidos têm certeza que você não está armado. O vagabundo anda armado, vai preso, é solto e continua armado", criticou.
Ele disse que no momento do roubo, só estavam no estabelecimento sua irmã e o cunhado. "Não iria adiantar se tivessem mais pessoas. Ninguém ia poder fazer nada mesmo", comentou.
Luís disse que na maioria dos assaltos, os marginais fogem a pé e dificilmente são apanhados. "Na semana passada eles roubaram um carro aqui na frente, às 19h. Depois ainda voltaram para pegar os documentos com a vítima. Polícia aqui só tem durante o dia. À noite, a gente não vê polícia. Eles roubam, matam, usam drogas no meio da rua e fica por isso mesmo", disse Luís.