Comerciante morto em São José dos Pinhais

Mesmo sem reagir a um assalto, o comerciante Hamilton da Silva, 48 anos, foi morto com dois tiros, por volta das 16h de ontem, na Rua Pedro Bordin, bairro Pedro Moura, em São José dos Pinhais. Os dois assaltantes fugiram sem ser identificados. A cerca de um quilômetro do local do latrocínio, sete equipes da Polícia Militar faziam escolta de uma remessa de dinheiro do Banco do Brasil, o que não intimidou os marginais.

De acordo com testemunhas, Hamilton estava trabalhando em sua eletrônica, como fazia nos últimos 20 anos, quando dois homens – um alto e outro baixo, invadiram o local e anunciaram o assalto. Como na loja não encontraram nem dinheiro, nem equipamentos que lhes interessassem, os bandidos pegaram as chaves do Monza da vítima. Em seguida, um dos marginais apontou a arma para Hamilton e efetuou dois disparos, acertando-lhe o peito e a cabeça.

Os assaltantes entraram no veículo da vítima e fugiram, passando pela Rua Joinville, onde vários policiais faziam a escolta. O carro foi abandonado em um posto de combustíveis, da BR-376.

No trajeto, testemunhas contaram que eles ainda efetuaram vários disparos à esmo. Assim que os assaltantes deixaram o local, o comerciante saiu da loja em busca de socorro, mas não resistiu e caiu no meio da rua. O Siate foi acionado, mas quando os socorristas chegaram Hamilton já estava sem vida.

Investigações

O delegado Paulo Silveira, titular da delegacia local, informou que testemunhas do crime devem prestar depoimento hoje.

?Vamos mostrar os álbuns fotográficos para ver se reconhecem os marginais.

Se não for possível, iremos pedir auxílio na confecção do retrato falado?, disse o delegado.

O chefe de investigação da delegacia, Altair Ferreira, afirmou que logo após o crime, os policiais já começaram a fazer levantamentos para identificar os assaltantes.

Ainda abalado, o cunhado do comerciante, Edio José Kraus, descreveu o bairro Pedro Moura como sendo um local calmo. ?Há 20 anos que o Hamilton tem a eletrônica e nunca foi assaltado. Ele era uma pessoa calma e nunca iria reagir a um assalto?, comentou. ?Há pouco tempo assaltaram uma lotérica aqui perto, mas só levaram alguns trocados. Agora mataram meu cunhado, que é um trabalhador, casado e pai de três filhos?, disse, olhando o corpo do comerciante estendido na rua.

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