Dois homens fingiram ser clientes para assassinar o comerciante Silvestre do Amaral Kredens, 52 anos. Ele foi atacado dentro de casa, na Rua Tapiranga, São Brás, onde também funciona a marcenaria da qual era proprietário. Baleado no peito, morreu a caminho do Hospital Evangélico, às 18h30 de terça-feira.
A esposa de Silvestre abriu o portão da residência para dar acesso aos desconhecidos. Ambos foram aos fundos, onde o comerciante e um funcionário trabalhavam. Um dos invasores mostrou uma arma para as vítimas e a mulher de Silvestre, assustada, gritou, alertando que era um assalto.
Um filho do marceneiro desceu do andar superior e perguntou se os homens queriam dinheiro. “Sim”, respondeu um deles. Em seguida, Silvestre e o filho lutaram com os bandidos, e o marceneiro acabou levando um tiro no coração, com a arma encostada no peito.Assalto
O caso foi atendido pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), mas o titular da especializada, Rubens Recalcatti, não acredita na hipótese de latrocínio. “Ninguém falou que era assalto, e um dos bandidos chamava Silvestre com um gesto, dando as costas para as outras vítimas. Creio que a intenção era matar o marceneiro”, falou o delegado.
Os assassinos, que aparentavam 25 anos, não eram conhecidos das testemunhas. Eles fugiram a pé, sem nada levar. Mesmo com a suspeita de que a tentativa de roubo não foi o motivo do crime, o caso permanece nas mãos da DFR.