Para matar o comerciante Luiz Pedro Bomfim de Oliveira, 35 anos, às 18h30 de ontem, na Vila Hortência, Alto Boqueirão. O assassino foi visto por várias pessoas, mas ninguém quis contar o que presenciou à polícia. Só informaram sobre o corpo caído sob o poste de iluminação, em um local costumeiramente usado para encontro de moradores.
Pelas primeiras informações levantadas pelos soldados Born, Moreira e Lazarini, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, Luiz tinha recém-saído de um salão de beleza e passou pelo local onde estava seu assassino. Lá, bancos improvisados à margem de um canal, servem para encontros e conversas. Porém, não foi informado se houve alguma discussão entre a vítima e o autor dos disparos. Mas, pela posição do corpo, alguns passos afastado da rua, tudo indica que ele teria se aproximado do assassino.
Pistola
A Polícia Científica recolheu uma garrafa de cerveja e um copo perto dos bancos, além de nove estojos de balas calibre 380, demonstrando que a arma usada foi uma pistola. No local não foi possível à perita Jussara Joeckel contar exatamente quantos tiros foram dados em Luiz, mas ele foi atingido no olho, na cabeça e no pescoço. A hipótese de assalto foi descartada, pois a vítima estava com o celular e a carteira.
Luiz, casado e com dois filhos, veio de São Paulo há três anos e abriu um mercado naquela vila. Em princípio, ele não teria rixa com nenhum morador local. “Pode ser que tenha ido cobrar alguma dívida”, comentou o tenente Rodrigues, do RPMont. O policial lamentou que, apesar de o assassinato ter tido testemunhas, nenhuma delas se dispôs a prestar declarações. “Deve ser morador daqui e elas ficaram com receio”, disse.