Ismael deixou um rastro de
sangue até tombar sem vida.

O comerciante Ismael Rodrigues Soares, 46 anos, deixou sua moto no chão e correu gritando por socorro pela Rua Bassamo de Grappa, Jardim Itália, Santa Felicidade. Atrás dele vinha uma mulher armada, que atirava várias vezes. Atingido nas costas, o homem deixou um rastro de sangue no chão e fugiu até perder as forças. Perto da esquina com a Rua Francisco Dallalibera, ele escorou-se numa cesta de lixo e tombou sem vida, às 21h30 de domingo. Um crime por divergência familiar é a primeira suspeita da Delegacia de Homicídios.

Um homem de 31 anos, morador do condomínio fechado em frente ao local do crime, saía de casa quando ouviu os primeiros tiros. “Ia dar de cara com as balas. Então me agachei atrás do muro”, contou a testemunha, que pôde ver Ismael sendo perseguido pela mulher e tombando morto.

O capacete da vítima veio rolando ladeira abaixo e foi parar próximo do cadáver. A moto Honda Titan ficou jogada a 80 metros de distância, em cima de um pé do sapato do comerciante. Enquanto isso, a matadora entrava em um Gol cinza que a aguardava na esquina e desapareceu. O tenente Charles, do 12.º Batalhão da PM, localizou cápsulas de balas calibres 32 e 38.

Lanchonete

Ismael era dono de uma lanchonete na Rua José Maria Wabeski, a duas quadras de onde foi morto. Os investigadores Lindamir e Veiga, da Delegacia de Homicídios, apuraram que, minutos antes do crime, ele saiu do estabelecimento com sua moto, levando uma garota na garupa. Seria a provável autora do assassinato.

Parentes da vítima apontaram uma suspeita, que, segundo a polícia, tem 17 anos. A irmã do comerciante, Neusa Rodrigues, 40, conhece a jovem e disse tê-la visto com as roupas semelhantes às que vestia a assassina, conforme descrição de testemunhas. Segundo a irmã, dinheiro seria o motivo do crime. “O irmão dessa menina uma vez deu seis tiros no Ismael”, falou Neusa.

A DH foi informada no nome da suspeita e agora tenta localizá-la.

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