Uma seqüência de multas, que chegou a R$ 2.500,00, atormentou o proprietário da Mercedes-Benz Classe A placa AMC-9875, de Campina Grande do Sul. Indignado, o homem investigou as multas recebidas e descobriu que um “clone” de seu carro circulava pela cidade. A Polícia Militar foi acionada e deteve, ontem de manhã, o acusado de conduzir o carro clonado.
O “clone” estava no pátio de um posto de combustíveis na BR-476, Jardim Botânico. Uma equipe da Rone do Batalhão de Choque foi ao endereço e descobriu, através de funcionários, que o Classe A pertencia a José Carlos Godinho da Silva, 47 anos, filho do proprietário do posto. “José Carlos disse que o carro havia sido emprestado por um amigo que viajou à Europa. Mas, pela numeração do chassi, descobrimos que era um carro roubado”, falou o sargento Iurk, da Rone. De acordo com a PM, a Mercedes encontrada com José Carlos tinha placa de São Paulo e foi tomada em assalto em 21 de janeiro, em Ponta Grossa.
De acordo com o policial, os documentos do carro original foram furtados de uma concessionária – por isso podia circular sem incômodo. “Não fosse pelas multas, o proprietário jamais descobriria o clone. Sabemos que há muitos veículos rodando dessa forma”, falou o sargento.
Dentro do carro a PM apreendeu três cachimbos usados para consumo de crack. “O detido confirmou que é viciado”, disse o policial, acrescentando que há duas ou três semanas uma pessoa que conduzia este mesmo carro trocou tiros com PMs, no Boqueirão, durante uma abordagem, mas conseguiu fugir. José Carlos, que não tinha passagem pela polícia, preferiu falar apenas em juízo.
PM também flagrado com um carro adulterado
Quando trafegava com o Golf placa CYE-3110, de São Paulo, furtado no Rio Grande do Sul, o soldado da Polícia Militar Juliano Tertuliano da Silva, 28 anos, lotado no Regimento de Polícia Montada (RPMont), foi preso por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, por volta das 16h, na BR-277, próximo ao Parque Barigüi. Ele foi autuado por receptação e conduzido ao quartel.
Uma equipe de investigadores fazia diligências na entrada da cidade, próximo ao parque, quando viram o Golf. Como a placa era de São Paulo, eles pediram para que o condutor parasse e apresentasse a documentação pessoal e do veículo. Em seguida, fizeram a vistoria de rotina e notaram que o carro foi adulterado. Diante da situação, Juliano recebeu voz de prisão. Só então, relatou que era policial militar, já que estava à paisana.
Compra
Ao ser abordado, o policial militar informou aos investigadores que havia comprado o carro de um tal de Gil, em novembro do ano passado.
Após conduzi-lo à delegacia, os policiais comunicaram a prisão ao comandante de Juliano. O soldado foi autuado em flagrante pela delegada Márcia Braga, por receptação. Ao ser interrogado, Juliano se reservou ao direito de falar em juízo.