Quando chegava em casa, na Rua Augustinho Ferreira de Araújo, Jardim Holandês, em Piraquara, o comerciante Cirino de Almeida Pedroso, o ?Pipoca?, 38 anos, foi crivado de balas. Foram mais de dez disparos que atingiram a cabeça, o braço e o peito da vítima. Três tiros acertaram o portão da residência de ?Pipoca?. Apesar do crime ter acontecido por volta das 17h de ontem, e várias pessoas estarem caminhando pela rua, ninguém se dispôs a contar à polícia o que aconteceu.
O irmão da vítima, João Galdino de Almeida, informou que estava negociando um carro, na Vila Mariana, a poucos quilômetros dali, quando recebeu a notícia. ?Pensei que era um tirinho simples, mas não dois tirões na cabeça?, comentou João. Ele disse que o irmão morava em São Paulo, onde abandonou a mulher e cinco filhos e veio tentar a vida em Piraquara. ?Antes ele bebia, chegou até a ficar internado. Acho que depois começou a usar maconha e aquela droga que fuma num cachimbo (crack)?, contou o irmão.
?De um tempo para cá, ele ficou diferente?, salientou.
João acredita que, pela quantidade de disparos, o que motivou o assassinato de seu irmão foi queima de arquivo. ?Ele tinha um bar que vivia cheio. Devia saber muita coisa?, explicou.
O soldado Roni, da Polícia Militar, disse que poucas informações foram repassadas e que no Jardim Holandês predomina a lei do silêncio.