Jair Correia, Ademar Fernando Luiz e Fabiano Alves de Andrade, acusados da chacina que deixou 15 mortos em Guaíra, Oeste do Paraná, em setembro do ano passado, começaram ser julgados ontem, no Tribunal do Júri do Fórum de Guaíra. A sentença está prevista somente para quarta-feira.
A sessão começou às 9h com o apoio da Polícia Militar e da polícia da fronteira, que garantiu que somente pessoas envolvidas tivessem acesso ao interior do tribunal.
Estão previstas para serem ouvidas 13 testemunhas, sendo cinco de defesa e oito de acusação, e a audiência está sendo presidida pelo juiz Wendel Fernando Brunieri e composta por sete jurados.
Sobreviventes
A chacina de Guaíra foi a maior registrada no Estado. Além dos 15 mortos, entre eles uma mulher e uma adolescente, oito pessoas ficaram feridas e só escaparam porque se fingiram de mortas.
Segundo os três presos, que confessaram o crime, a matança aconteceu em cinco horas e foi cometida em vingança à morte de Dirceu de Souza Pereira, filho de Jair.
Segundo o Ministério Público, Dirceu, supostamente, havia sido assassinado por ter desviado uma carga de maconha comprada por Jossimar Marques Soares, o “Polaco”.
Jair contratou Ademar e Fabiano e o objetivo era matar Polaco e os três homens contratados para cometer o crime. No entanto, quem chegava à propriedade, no período em que o trio estava lá, era executado. Jair foi preso em 15 de outubro, em Rosana (RS). Ademar, seis dias depois, em Lucas do Rio Verde (MT) e, no dia 24, Fabiano foi preso em Itaquiraí (MS).