Começa a ser elucidado assalto a banco de Peabiru

O assalto à agência do Banco do Brasil, em Peabiru, região Centro-Oeste do Estado, ocorrido no dia 26 de fevereiro, começou a ser elucidado pela polícia. Um casal acusado de participar da quadrilha foi preso, em Curitiba e Peabiru. A comerciante Joselene de Amorim, 29 anos, foi detida em frente ao Fórum de Curitiba, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, centro, logo após sair de uma audiência. Adriano Bittencourt foi preso na cidade onde ocorreu o assalto, por investigadores da delegacia local. Com a mulher, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) recuperaram R$ 35 mil, dinheiro que seria proveniente do assalto, uma pistola, calibre 380, e uma espingarda. Joselene nega participação no assalto.

A elucidação do caso começou com investigações realizadas pelo delegado José Aparecido Jacovós, em Peabiru. Foram levantados, em hotéis, nomes de pessoas que estiveram hospedadas na cidade nos dias que antecederam o crime. Além disso, havia a informação de que um Audi, ocupado por uma mulher, teria sido visto no dia do crime, circulando próximo a agência bancária assaltada.

No cruzamento de dados, foram obtidos os nomes de Hassan Ibrahin Cury, mais conhecido por “Turco Loco”, e Rafael Luís de Souza, identificação extra-oficial. Os dois estão foragidos e sendo procurados pela polícia. Através da placa do Audi A3, (LZW-0129), prata, investigadores chegaram até o endereço do proprietário do veículo, no Bairro Alto. “Fizemos a abordagem e conversamos com o marido de Joselene. Ele não sabia de nada sobre o assalto, mas confirmou algumas informações que tínhamos”, explicou o delegado-chefe do Cope, Marcus Michelotto.

Prisão

Com a informação de que Joselene estava depondo no Fórum, no centro de Curitiba, equipes do Cope se deslocaram ao local e encontraram o Audi, parado em um estacionamento. “Esperamos ela chegar ao carro e realizamos a detenção”, contou o delegado. Na bolsa carregada por ela, estavam os R$ 35 mil. As armas estavam guardadas na casa dela, segundo a polícia.

Joselene nega a participação no crime, mas Michelotto está convencido de que ela é uma das articuladoras do assalto, pois conhece bem “Turco Loco”. De acordo com o delegado, a comerciante tinha alguns problemas para resolver em sua cidade (Peabiru) e aproveitou a ocasião para combinar o delito com o amigo criminoso.

Negação

Joselene confirma que estava em Peabiru para resolver alguns problemas na época em que o crime foi cometido e que estava com seu Audi. Afirmou também que conhece “Turco Loco”, mas negou ter qualquer participação no assalto à agência bancária. Sobre o dinheiro aprendido e a pistola, a comerciante alega que foram repassados por “Turco Loco” para que ela os guardasse, e que tudo seria devolvido posteriormente. A espingarda ela afirmou estar legalizada e em seu nome.

Um dos procurados assinou “filiação” com o PCC

Dois homens armados invadiram a casa do gerente do Banco do Brasil no dia 25 de fevereiro e mantiveram toda a família dele como refém. A polícia acredita que os bandidos eram “Turco Loco” e Rafael. No dia seguinte, um dos assaltantes permaneceu na casa aterrorizando os reféns enquanto o comparsa foi até o banco, onde levou a quantia de R$ 106.239,92. A dupla fugiu utilizando o veículo particular do gerente.

O delegado Michelotto acredita que, enquanto ocorria a ação do roubo, Joselene estava rodando com o Audi, dando proteção. Após a ação, todos se dirigiram até uma localidade próxima de Maringá, onde foi dividido o dinheiro. “Ela seguiu para Curitiba enquanto os outros dois integrantes tomaram rumos diferentes”, disse o delegado.

Adriano Bittencourt foi detido por co-autoria e a polícia acredita que ele é responsável pelas dicas para que o assalto fosse realizado. O homem está detido em Peabiru.

Foragidos

A polícia está à caça de “Turco Loco” e Rafael. Algumas evidências, localizadas pela polícia, indicam que “Turco Loco” tem ligações com Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo. Foi encontrado um documento com os mandamentos do PCC e, no verso, a assinatura do acusado e do seu “padrinho” no Sistema Penitenciário. De acordo com Michelotto, o detido foi “batizado” enquanto esteve preso no presídio do Ahu.

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